A Confederação Brasileira de Judô (CBJ) expressou sua posição nesta sexta-feira em relação à possível saída de Sarah Menezes da liderança da Secretaria Municipal de Esportes e Lazer de Teresina (Semel). De acordo com a entidade, a ex-judoca, que também desempenha o papel de técnica da seleção brasileira de judô, foi informada sobre a incompatibilidade de manter ambas as posições simultaneamente.

Segundo a CBJ, a equipe técnica da seleção brasileira de judô recebe remuneração por meio de “verbas de loteria”, o que significa que esses recursos não podem ser utilizados para pagar membros que ocupam outro cargo público, como é o caso de Sarah Menezes. Além disso, a entidade declarou que a técnica e secretária da Semel deve escolher qual cargo deseja manter.

Até o momento da publicação desta matéria, não foi recebida nenhuma declaração oficial da secretária da Semel, Sarah Menezes, ou da assessoria de imprensa do órgão.

Nota da CBJ na íntegra:

Com a nomeação da Sarah para a SEMEL de Teresina, surgiram questões de incompatibilidade relacionadas ao repasse de recursos públicos do Comitê Olímpico do Brasil. A CBJ remunera a comissão técnica da Seleção Brasileira via verba de loteria, e a legislação não permite a utilização desse recurso para pagamento de colaboradores que ocupam outro cargo público.

A Sarah foi notificada sobre essa incompatibilidade, e cabe a ela a escolha de qual caminho seguir. A CBJ vai respeitar e apoiar qualquer decisão da campeã olímpica, seja a de permanecer como treinadora da entidade ou no cargo de Secretária Municipal de Esporte e Lazer de Teresina, sua cidade natal. Temos certeza que, com seu vasto currículo e anos de experiência e dedicação ao esporte brasileiro, qualquer lado será beneficiado.