Na noite dessa segunda-feira (05/05), a parlamentar federal Daniela Carneiro (União Brasil-RJ) solicitou o afastamento imediata de Ednaldo Rodrigues, do cargo de Presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Ela também exigiu a análise do acordo validado pela justiça no começo do ano, que encerrou a disputa que questionava a eleição de 2022.
De acordo com a justificativa da parlamentar, Daniela Carneiro se apoia em um relatório solicitado pelo vereador carioca Marcos Dias Pereira (Podemos). O relatório aponta para uma possível falsificação da assinatura do Coronel Antônio Carlos Nunes, ex-líder da CBF, em um acordo que colocou fim ao processo contra o presidente da confederação.
A solicitação da deputada adiciona mais um capítulo à polêmica que envolve a liderança da CBF, intensificando a pressão para que as autoridades investiguem as alegações de fraude e tomem as devidas providências.
Nessa terça-feira (06/05), a CBF divulgou uma nota afirmando que não teve acesso formal ao laudo pericial. Na opinião da entidade, o caso tem sido utilizado de forma “midiática e precipitada”. O comunicado ainda ressalta que o processo eleitoral foi conduzido dentro da legalidade e com a participação de representantes devidamente legitimados.
Acompanhe a íntegra da nota divulgada pela CBF:
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) reitera seu compromisso com a transparência, a legalidade e a boa-fé em todas as suas ações e decisões institucionais.
Diante das recentes notícias veiculadas na imprensa sobre suposto vício de vontade em assinatura constante do acordo homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que reconheceu a legitimidade da eleição do presidente Ednaldo Rodrigues, a CBF esclarece que ainda não teve acesso formal ao referido laudo pericial, supostamente asssinado por perito particular, que está sendo utilizado de forma midiática e precipitada, em verdadeira espetacularização que atende a interesses nada republicanos e aparentemente questionado por terceiros absolutamente estranhos ao processo.
A CBF enfatiza que todos os atos relacionados ao acordo mencionado foram conduzidos dentro da legalidade e com a participação de representantes devidamente legitimados. O processo foi legítimo e teve acordo homologado.
É absolutamente inverdade que esse processo tenha sido reaberto a pedido de uma parlamentar.
A CBF confia plenamente na Justiça brasileira e permanece à disposição das autoridades competentes para esclarecer quaisquer dúvidas que eventualmente surjam. A entidade segue focada em sua missão de promover o futebol brasileiro com seriedade, profissionalismo e respeito às instituições e com absoluta tranquilidade de que todos os princípios de boa gestão e de probidade são diuturnamente respeitados.