Na cidade de Parnaíba, no litoral do Piauí, a Polícia Civil efetuou a prisão de um técnico de futebol de 30 anos, identificado pelas iniciais N.R.M. A detenção ocorreu nesta segunda-feira, no âmbito da operação denominada “Jogo Profano”. O indivíduo é apontado como suspeito de importunar sexualmente jovens tanto de uma escolinha de futebol quanto de uma igreja evangélica local, onde também exercia a função de pastor.

A ação policial foi desencadeada após o recebimento de denúncias anônimas. As investigações revelaram que o suspeito integrou a comissão técnica do Parnahyba no ano de 2019, durante a Copa São Paulo de Futebol Júnior. Segundo informações da delegada responsável pelo caso, até o momento, contabilizam-se doze vítimas de assédio atribuído ao treinador. Destas, nove seriam ligadas à igreja onde ele atuava como líder religioso, e três ao ambiente do futebol.

O inquérito policial teve seu ponto de partida em uma denúncia anônima realizada online. A partir dessa informação inicial, a Polícia Civil iniciou as diligências e constatou que o técnico já havia sido afastado da equipe de futebol em que trabalhava após relatos de três jovens. O aprofundamento das investigações conduziu a polícia à atuação do suspeito como pastor em uma igreja evangélica de Parnaíba, onde surgiram novas acusações. A delegada ressaltou a possibilidade de o número de vítimas aumentar à medida que novas denúncias forem formalizadas após a divulgação da prisão.

Após a sua detenção, o técnico de futebol foi conduzido à Central de Flagrantes para a realização dos procedimentos legais cabíveis. Recentemente, ele estava vinculado como treinador à escolinha Boca Jr Futsal, também em Parnaíba. Contudo, por meio de uma nota oficial, o clube informou que o profissional havia sido desligado de suas funções há quatro meses, em decorrência de denúncias e suspeitas relacionadas à sua conduta.

Confira a nota divulgada pelo clube onde o técnico atuava:

A direção do Boca Jr Futsal informa que o ex-treinador citado em recente matéria jornalística foi afastado e desligado da escola há quatro meses, assim que surgiram suspeitas sobre sua conduta.

Reafirmamos que repudiamos qualquer forma de abuso, especialmente contra crianças e adolescentes, e que sempre agiremos com rigor e responsabilidade para proteger nossos atletas.

Seguimos à disposição das autoridades e mantemos nosso compromisso com um ambiente ético, seguro e acolhedor para todos.