A situação no Manchester United ganhou um novo contorno com o goleiro André Onana no centro dos debates. Contratado em 2023 junto à Inter de Milão, o jogador camaronês foi surpreendido nesta temporada com uma diminuição inesperada em seus vencimentos, motivada pela ausência do clube na Liga dos Campeões via Campeonato Inglês.
Conforme reportado pelo The Athletic, a cláusula contratual havia sido discutida com o então dirigente Dan Ashworth, porém Onana expressou “choque” ao constatar a aplicação do desconto. Tal medida integra a política financeira dos Red Devils, que prevê reduções salariais em contratos diante de um desempenho esportivo aquém das metas estabelecidas. Em campo, o arqueiro não tem conseguido atenuar a pressão, acumulando nove falhas que resultaram em gols adversários, liderando negativamente a Premier League nesse quesito. O erro duplo diante do Lyon, na Liga Europa, intensificou as críticas direcionadas ao jogador.
Diante desse quadro, o técnico Ruben Amorim optou por não escalá-lo na derrota expressiva contra o Newcastle. Segundo o comandante português, a decisão visou proteger o aspecto emocional de Onana, que tem sido alvo de fortes críticas por parte de torcedores e comentaristas. Altay Bayındır, o substituto escolhido, também cometeu um erro na saída de bola, evidenciando a instabilidade da posição. Roy Keane, antigo capitão do clube, questionou a escolha, afirmando que “em alto nível, é preciso tomar boas decisões. Isso é senso comum”.
Apesar do momento desfavorável em campo, a continuidade de Onana no clube parece ser o cenário mais provável. Com um contrato de cinco anos, a venda por um valor inferior a 26 milhões de libras geraria um prejuízo contábil, o que o United busca evitar. Contudo, uma possível transferência por empréstimo está sendo avaliada nos bastidores. De acordo com o The Sun, o clube já observa Aaron Ramsdale, ex-Arsenal, como um potencial substituto para a meta na próxima temporada. Além da pressão interna, Onana também recebeu críticas externas, como a de Nemanja Matic, atualmente no Lyon, que o classificou como “um dos piores goleiros da história do United”. O desafio atual é superar a fase delicada e recuperar a confiança dentro das quatro linhas.